A sensação de que há algo preso no olho, como um cisco ou grão de areia, é extremamente incômoda.
Em muitos casos, realmente existe um corpo estranho — e basta um espelho para identificar o problema.
Mas há situações em que nada está visível, e mesmo assim o desconforto insiste em permanecer.
Se isso acontece com você, pode ser sinal de síndrome do olho seco, uma condição muito mais comum do que parece.
O que é a síndrome do olho seco
De acordo com o Ministério da Saúde, a síndrome do olho seco ocorre quando há redução na quantidade ou na qualidade das lágrimas — responsáveis por lubrificar, proteger e nutrir os olhos.
Sem essa lubrificação adequada, a superfície ocular fica mais vulnerável a pequenas lesões e irritações, causando a sensação constante de que há algo no olho, mesmo sem corpo estranho algum.
Quem está mais sujeito ao problema
Embora o olho seco seja mais frequente em idosos, ele tem se tornado cada vez mais comum em pessoas jovens.
O principal motivo? O uso excessivo de telas (celulares, computadores e TVs), que reduz a frequência de piscadas e, consequentemente, a lubrificação natural dos olhos.
Outros fatores de risco incluem:
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Ambientes com ar-condicionado ou vento constante;
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Uso prolongado de lentes de contato;
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Certos medicamentos (antialérgicos, antidepressivos, diuréticos);
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Doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide.
Sintomas mais comuns
Os principais sinais da síndrome do olho seco incluem:
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Sensação de areia ou corpo estranho;
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Ardor e vermelhidão;
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Coceira ou irritação;
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Sensibilidade à luz (fotofobia);
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Cansaço visual, especialmente após longos períodos olhando para telas;
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Dificuldade de abrir os olhos ao acordar;
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Produção excessiva de muco em casos mais graves.
Esses sintomas podem piorar ao final do dia ou em ambientes secos e climatizados.
Tratamento e prevenção
O tratamento é feito sob orientação de um médico oftalmologista e, geralmente, inclui:
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Uso de colírios lubrificantes (lágrimas artificiais);
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Higienização das pálpebras com produtos específicos;
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Ajustes no uso de lentes de contato;
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Cuidados ambientais, como evitar vento direto no rosto e fazer pausas ao usar telas.
Em casos persistentes, o médico pode investigar causas hormonais, autoimunes ou medicamentosas para indicar o tratamento mais adequado.
Dica: cuide bem dos seus olhos todos os dias
Piscar com frequência, hidratar-se bem, e usar óculos de proteção contra vento e sol são atitudes simples que ajudam a prevenir a síndrome do olho seco.
Se a sensação de algo preso no olho persiste mesmo após lavar ou examinar, não ignore o sintoma — procure um oftalmologista.
Cuidar dos olhos é cuidar da sua qualidade de vida e conforto visual.