A Polícia Civil solicitou, nesta quarta-feira, 5 de março, a prisão temporária do namorado de Vitória Regina de Sousa, jovem de 17 anos encontrada morta na cidade de Cajamar, na Grande São Paulo. O pedido foi feito após as autoridades identificarem diversas inconsistências nos depoimentos do rapaz, levantando suspeitas sobre sua possível participação no crime.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Aldo Galiano, o jovem prestou declarações que não condizem com as informações coletadas pela polícia até o momento. Diante disso, os investigadores decidiram aprofundar as apurações e solicitaram a prisão temporária para que ele seja interrogado novamente sob novas evidências.
Além do pedido de prisão, o celular do suspeito foi apreendido para perícia, com o objetivo de analisar mensagens, ligações e demais dados que possam esclarecer o envolvimento dele ou de outras pessoas no caso.
A investigação também inclui a perícia em dois veículos suspeitos, que podem ter relação com o crime.
Vitória Regina desapareceu no dia 26 de fevereiro, após sair do trabalho em um shopping e pegar um ônibus para casa. Durante o trajeto, a jovem enviou mensagens para uma amiga relatando que estava com medo, pois achava que estava sendo seguida por alguns homens, que também teriam a assediado.
Dias depois, seu corpo foi encontrado com diversos sinais de violência, incluindo esquartejamento e cabelo raspado, causando grande comoção e revolta na comunidade.
A polícia segue reunindo provas para entender os últimos momentos de Vitória e identificar todos os envolvidos. O caso está sendo tratado como prioridade, e novas informações devem ser divulgadas conforme o avanço das investigações.
A comunidade e os familiares da jovem aguardam ansiosamente por respostas e justiça para a tragédia.
Investigação busca esclarecer contradições no depoimento
As autoridades apontam que o namorado de Vitória inicialmente afirmou não ter tido contato com a jovem no dia do desaparecimento. No entanto, novas evidências indicam que eles podem ter se encontrado pouco antes do crime. Essa contradição levantou suspeitas e fez com que os investigadores analisassem mais detalhadamente seu envolvimento no caso.
Testemunhas já foram ouvidas e algumas delas relataram comportamentos suspeitos por parte do namorado nos dias seguintes ao desaparecimento da jovem. Além disso, registros de telefonia e câmeras de segurança estão sendo analisados para verificar se há alguma ligação direta entre ele e o local onde o corpo foi encontrado.
A família de Vitória espera que a prisão temporária permita que as autoridades aprofundem as investigações e tragam mais respostas sobre o que realmente aconteceu com a jovem. Amigos e parentes seguem mobilizados para garantir que o caso não caia no esquecimento e que os culpados sejam devidamente punidos.
Mobilização e clamor por justiça
O caso gerou grande comoção na região de Cajamar e nas redes sociais, onde diversas manifestações pedem justiça por Vitória. Movimentos e grupos de defesa dos direitos das mulheres também se mobilizaram, destacando a urgência de políticas públicas que garantam mais segurança para mulheres, especialmente em trajetos noturnos.
A polícia reforçou que qualquer informação relevante sobre o caso pode ser repassada de forma anônima e que todas as pistas estão sendo analisadas com rigor. A expectativa agora é que novas perícias e depoimentos ajudem a esclarecer se o namorado teve participação direta ou indireta no crime e se há outros envolvidos no caso.
A família da jovem segue em luto, enquanto a sociedade clama por justiça e respostas definitivas sobre o brutal assassinato de Vitória Regina de Sousa.