Jovem de 23 anos passa mal no zoológico e morre sem atendimento: Caso gera grande comoção

Um passeio em família terminou de forma trágica e gerou grande comoção em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. O jovem Douglas Rodrigues Ribeiro, de 23 anos, faleceu no último sábado, após passar mal durante uma visita ao Zoológico Municipal de Guarulhos. O episódio aconteceu diante de seus filhos pequenos e, segundo familiares e testemunhas, o local não possuía suporte de emergência adequado para atender à situação.

A morte do rapaz, que sonhava em proporcionar um dia de lazer à família, levantou um intenso debate sobre a importância de medidas de segurança e atendimento médico emergencial em espaços públicos que recebem grande fluxo de visitantes.

Douglas visitava o zoológico acompanhado da esposa, Sthefanny Bernardo, de 20 anos, e dos três filhos do casal, incluindo um bebê de nove meses. O clima era de descontração, até que o jovem começou a se sentir mal. Segundo o relato da esposa, ele avisou que estava tonto e com dificuldade para enxergar.

Em pouco tempo, o quadro piorou. Sthefanny pediu ajuda aos funcionários do local, mas, conforme afirmou em entrevista ao portal GWeb, não havia nenhuma equipe médica ou estrutura de pronto atendimento disponível no momento. “Foi um descaso total. Ele poderia ter sido socorrido, ainda havia tempo”, lamentou a jovem, profundamente abalada.

Com a ausência de socorro profissional, os próprios visitantes tentaram ajudar. Testemunhas relataram que Douglas, mesmo debilitado, ainda segurava o filho mais novo no colo. Quando percebeu que não conseguiria resistir, ele teria pedido às pessoas próximas que cuidassem das crianças — um gesto que emocionou a todos que estavam no local.

Uma mulher se aproximou para segurar o bebê, enquanto outros visitantes tentavam colocá-lo em uma área com sombra. Sem ambulância ou paramédicos disponíveis, um grupo de frequentadores decidiu levá-lo em um carro particular até um hospital da região, mas o jovem não resistiu antes de receber atendimento médico.

O caso revelou falhas graves na estrutura de atendimento do parque. O Zoológico Municipal de Guarulhos é um dos principais pontos turísticos da cidade, atraindo até 10 mil visitantes nos fins de semana, especialmente famílias com crianças. Apesar disso, segundo relatos, o local não contava com ambulância, enfermeiros ou equipamentos básicos para primeiros socorros.

A ativista Eliete Sandra Cavalcante, que presenciou a situação, relatou que chegou a pedir ajuda a uma funcionária do zoológico, mas foi orientada a procurar vendedores ambulantes do lado de fora. “Não havia ninguém preparado para lidar com uma emergência. Foi uma sensação de impotência total”, declarou.

Até o momento, a Prefeitura de Guarulhos ainda não divulgou uma nota oficial sobre o ocorrido.

A morte repentina de Douglas deixou a esposa e os três filhos em luto. Amigos e familiares organizaram correntes de oração e manifestações nas redes sociais pedindo explicações sobre a falta de atendimento no zoológico.

Descrito por pessoas próximas como um jovem dedicado, alegre e apaixonado pelos filhos, Douglas trabalhava para sustentar a família e sonhava em levá-los para assistir a um jogo do Corinthians, seu time do coração. A esposa, em meio à dor, ressaltou que o objetivo agora é buscar justiça e evitar que outras famílias passem pela mesma situação.

O episódio reacendeu o debate sobre protocolos de segurança e atendimento emergencial em locais públicos de grande movimentação, como zoológicos, parques e praças. Especialistas em gestão pública e saúde afirmam que é essencial a presença de profissionais treinados e kits de primeiros socorros em áreas que recebem milhares de visitantes diariamente.

Além disso, medidas preventivas simples, como pontos de hidratação, sinalização clara e monitoramento por equipes de apoio, podem fazer a diferença em casos de urgência. A tragédia de Guarulhos evidencia a necessidade de políticas públicas que priorizem o bem-estar e a proteção das famílias em espaços de lazer.

A história de Douglas Rodrigues Ribeiro tocou o coração de muitas pessoas no Brasil inteiro. Seu último gesto — o pedido para que cuidassem de seus filhos — se tornou símbolo de amor paternal e de humanidade em meio à dor.

Mais do que uma notícia triste, o caso serve como um alerta sobre a importância da empatia e da responsabilidade coletiva. Que situações como essa sirvam de motivação para mudanças reais, garantindo que espaços públicos sejam não apenas locais de lazer, mas também de segurança e amparo para todos.

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