Família de menino desaparecido faz apelo por empatia e união nas buscas

O desaparecimento do pequeno Arthur da Rosa Carneiro, de apenas dois anos, tem mobilizado não apenas o município de Tibagi, no Paraná, mas também pessoas de todo o país que acompanham com atenção e esperança cada novo desdobramento.

Desde a manhã da última quinta-feira (9), quando a ausência da criança foi notada, uma grande força-tarefa foi montada para tentar localizá-lo. O caso, marcado por muita comoção, tem despertado gestos de solidariedade e também reflexões sobre a importância do apoio emocional às famílias em momentos de extrema angústia.

Uma busca que une toda uma cidade

De acordo com as informações repassadas pelas autoridades, Arthur estava em casa com a mãe, uma adolescente de 15 anos, quando desapareceu. A jovem relatou que havia adormecido e, ao acordar, percebeu que o filho não estava mais dentro da residência.

A partir daí, familiares, vizinhos e equipes de resgate iniciaram uma busca imediata, percorrendo as áreas próximas e notificando as autoridades locais. A operação ganhou reforço com o apoio do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e do Grupo de Operações de Busca e Salvamento Terrestre, vindo de Curitiba.

Os trabalhos contam com drones equipados com câmeras térmicas, cães farejadores e equipamentos de sonar para ampliar o alcance das buscas. A tecnologia tem sido essencial para vasculhar áreas de mata e o entorno de um rio que passa próximo à casa da família.

Uma mamadeira encontrada nas proximidades do rio se tornou, até o momento, o principal indício analisado pelas equipes. Segundo as autoridades, todas as possibilidades estão sendo avaliadas — incluindo a de que o menino possa ter se afastado da casa ou se perdido na região rural.

A voz emocionada da avó: fé e esperança

Em meio à espera angustiante, a avó do menino, Rosa, falou publicamente pela primeira vez. Em entrevista a um veículo local, ela descreveu o sofrimento vivido pela família e fez um apelo por mais empatia nas redes sociais, onde surgiram críticas e especulações.

Rosa contou que estava trabalhando no momento do desaparecimento e defendeu a filha, mãe de Arthur, destacando que sempre foi uma jovem dedicada e amorosa. Segundo ela, a adolescente está muito abalada com a situação e precisa de acolhimento, não de julgamentos.

“Muitas pessoas estão me criticando, mas Deus sabe o quanto eu luto pelos meus filhos e netos todos os dias. Sempre fiz o possível para cuidar de todos, mesmo com tantas dificuldades. Peço apenas que as pessoas tenham compaixão e orem por nós”, desabafou.

A avó também reforçou que a família tem colaborado integralmente com as autoridades e que as buscas dentro da residência e no entorno foram realizadas sem que nada de irregular fosse encontrado.

Solidariedade e fé que movem uma cidade

O caso de Arthur sensibilizou toda a população de Tibagi, que vem demonstrando apoio de diferentes formas. Moradores têm se voluntariado para auxiliar nas buscas, oferecer alimentos e levar conforto à família. Em grupos online e igrejas locais, correntes de oração se formaram em intenção do reencontro do menino com seus familiares.

As autoridades ressaltam que as buscas continuam ativas e pedem que qualquer informação relevante seja repassada diretamente aos canais oficiais de segurança. A prioridade é encontrar Arthur e garantir a transparência do trabalho das equipes envolvidas.

A importância do apoio emocional em momentos de crise

Casos como o de Tibagi revelam não apenas o impacto que o desaparecimento de uma criança causa em uma comunidade, mas também a necessidade de acolher e apoiar famílias emocionalmente fragilizadas.

Psicólogos especializados em situações de crise destacam que o apoio social — seja através de palavras de conforto, solidariedade ou orações — pode ser essencial para fortalecer quem vive o medo e a incerteza. “Em momentos assim, o julgamento não ajuda. O que transforma é a empatia e a escuta”, afirma a psicóloga comunitária Ana Luiza Moreira.

Enquanto as buscas seguem, a cidade de Tibagi permanece unida em um só propósito: trazer o pequeno Arthur de volta para casa. A fé, o esforço das equipes e o apoio da comunidade mostram que, mesmo nos dias mais difíceis, a esperança continua sendo a força que move as pessoas.

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