Empresário de 38 anos morre após intoxicação por metanol: Caso aumenta alerta em São Paulo

A crise das bebidas alcoólicas adulteradas em São Paulo ganhou mais um capítulo trágico nesta semana. O empresário Marco Aurélio Sumam, de 38 anos, faleceu no dia 18 de setembro após quase três semanas internado em decorrência de intoxicação por metanol, um solvente industrial altamente tóxico. A morte dele foi confirmada pelo 2º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, que detalhou o caso à imprensa.

O episódio reforça a gravidade da situação e a necessidade de alerta constante para a procedência das bebidas consumidas, sobretudo destilados como gin, vodca e uísque, que têm sido associados à adulteração com metanol.

O início dos sintomas

Segundo relatos da família, Marco começou a apresentar os primeiros sinais de intoxicação no dia 28 de agosto, enquanto estava na cidade de Itu. Ele apresentou confusão mental, dificuldade para falar e respirar, além de alterações visuais.

A esposa do empresário percebeu também um odor característico de álcool no hálito dele, o que levantou suspeitas iniciais sobre a ingestão de alguma substância adulterada. Pouco depois, exames médicos confirmaram que se tratava de uma intoxicação grave por metanol.

Hospitalização e tratamento

Marco Aurélio Sumam permaneceu internado por quase três semanas, período em que recebeu tratamento intensivo em hospital da Grande São Paulo. Apesar dos esforços médicos, seu quadro se agravou, levando à morte em 18 de setembro.

Durante o internamento, familiares acompanharam de perto a evolução do empresário, que era conhecido por seu amor à música heavy metal e pela administração de sua empresa de gravuras, além de ser uma figura ativa na comunidade local. A perda foi profundamente sentida por amigos, colegas de trabalho e familiares.

Outras vítimas e investigação em andamento

O caso de Marco não é isolado. Até o momento, a polícia confirma a morte de outro profissional, o advogado Marcelo Macedo Lombardi, de 45 anos, também em decorrência de intoxicação por metanol. Além deles, há pelo menos quatro mortes suspeitas na região da Grande São Paulo, enquanto seis pessoas seguem internadas, algumas em estado grave.

As autoridades investigam a existência de uma rede criminosa de adulteração de bebidas, cujo objetivo seria “batizar” destilados com metanol. Trata-se de uma prática extremamente perigosa, já que a ingestão da substância em pequenas doses pode causar danos irreversíveis ao organismo, incluindo cegueira e morte.

Alerta aos consumidores e hospitais

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo emitiu alertas aos hospitais da região para intensificar a notificação de casos suspeitos, com o objetivo de identificar rapidamente novos casos de intoxicação. Além disso, os laboratórios do Instituto Médico Legal (IML) trabalham na análise toxicológica das vítimas para confirmar a presença de metanol em todas as amostras coletadas.

O aumento do número de casos tem gerado medo e desconfiança entre os consumidores, que agora buscam informações mais precisas sobre a procedência de bebidas alcoólicas compradas em bares, supermercados e casas noturnas.

Prevenção e cuidados

Especialistas em saúde alertam que qualquer ingestão de bebida de procedência duvidosa deve ser evitada, especialmente destilados comprados de forma irregular ou fora de estabelecimentos confiáveis. Os sintomas mais comuns de intoxicação por metanol incluem:

  • Dificuldade para enxergar ou alterações visuais

  • Dificuldade para falar e confusão mental

  • Náuseas, vômitos e dor abdominal

  • Alterações respiratórias

Em casos de suspeita, é fundamental procurar atendimento médico imediato. O tratamento precoce pode salvar vidas e reduzir o risco de complicações graves.

A morte de Marco Aurélio Sumam evidencia os perigos associados à adulteração de bebidas alcoólicas e reforça a necessidade de fiscalização rigorosa e conscientização dos consumidores. Além de ser uma tragédia pessoal e familiar, o episódio serve como alerta para toda a população sobre os riscos do consumo de produtos de procedência duvidosa.

Enquanto as investigações continuam, a recomendação das autoridades é priorizar sempre a segurança e a procedência das bebidas, verificando selos de qualidade, estabelecimentos confiáveis e evitando o consumo de produtos não regulamentados.

A história de Marco e das outras vítimas lembra a todos que a prevenção é o melhor caminho e que a responsabilidade por escolhas seguras no consumo de álcool pode salvar vidas.

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