Câncer que antes era raro está aumentando em jovens: Sintomas, diagnóstico e tratamento

Um tipo de câncer que até pouco tempo era considerado raro e quase exclusivo de pessoas idosas tem despertado grande preocupação entre especialistas.
Trata-se do câncer de apêndice, cuja incidência tem crescido de forma expressiva entre pessoas jovens e adultos com menos de 50 anos — um alerta que está chamando atenção da comunidade médica mundial.

Casos aumentam de forma preocupante

Um estudo recente publicado na revista científica Annals of Internal Medicine revelou que o número de diagnósticos de câncer de apêndice triplicou entre pessoas nascidas após 1980 e quadruplicou entre os nascidos depois de 1985, em comparação com gerações anteriores.

“Os números gerais ainda são pequenos, mas agora quase um a cada três casos ocorre em adultos com menos de 50 anos”, afirmou o professor Justin Stebbing, coautor do estudo.

Essa mudança repentina no perfil dos pacientes tem intrigado médicos, já que a causa exata do aumento ainda é desconhecida.

Entre as hipóteses estudadas estão fatores ambientais, mudanças alimentares, tabagismo e alterações no microbioma intestinal — mas nada foi confirmado até o momento.

O que é o câncer de apêndice?

O apêndice é um pequeno órgão localizado na parte inferior direita do abdômen, ligado ao intestino grosso.
Embora sua função exata ainda gere debates, sabe-se que ele participa da imunidade e da microbiota intestinal.

O câncer de apêndice é um tumor raro que pode começar nas células da parede interna do órgão e, se não for detectado a tempo, espalhar-se para o abdômen e outros órgãos.

Sintomas que merecem atenção

O grande desafio é que, nos estágios iniciais, o câncer de apêndice costuma ser silencioso ou apresentar sintomas muito semelhantes aos de outras condições abdominais, como apendicite, gases ou distensão.

Os sinais mais comuns incluem:

  • Dor abdominal persistente, especialmente do lado direito

  • Sensação de inchaço ou pressão na região pélvica

  • Náuseas e desconforto digestivo frequente

  • Mudanças nos hábitos intestinais (prisão de ventre ou diarreia)

  • Em casos mais avançados, pode ocorrer perda de peso e acúmulo de líquido no abdômen

 Se esses sintomas persistirem por mais de alguns dias, é essencial procurar um médico. O diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento e nas chances de cura.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico geralmente é feito por exames de imagem — como ultrassom, tomografia ou ressonância — e confirmado por biópsia.
Como os sintomas são inespecíficos, muitos casos são descobertos por acaso, durante cirurgias de apendicite ou exames de rotina.

O tratamento principal é cirúrgico, podendo envolver a retirada do apêndice (apendicectomia) ou, em casos mais graves, cirurgias mais amplas para remover tecidos afetados.
Dependendo do estágio da doença, pode ser necessário complementar com quimioterapia.

O aumento dos casos de câncer de apêndice entre jovens serve como um importante alerta de saúde pública.
Mesmo sendo uma doença rara, o diagnóstico precoce é crucial para garantir maiores chances de cura e qualidade de vida.

👉 Cuide da sua saúde: mantenha exames em dia, procure atendimento médico diante de sintomas persistentes e adote hábitos saudáveis.

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