Um caso que serve de alerta a pais e responsáveis foi registrado em São Paulo nesta semana. Um menino de nove anos foi internado na UTI do Hospital Nove de Julho, na capital paulista, após consumir balas de goma oferecidas por um desconhecido dentro do Shopping Center Norte, localizado na zona norte da cidade, na última quarta-feira (8).
Segundo o relato da família, o garoto recebeu os doces de um adolescente de aproximadamente 15 anos, descrito como tendo pele clara, usando boné e uma jaqueta branca do time Real Madrid. O jovem ainda não foi identificado, e a Polícia Civil trabalha para localizar o suspeito.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela mãe, a família estava no shopping para resolver questões pessoais quando o episódio ocorreu. Enquanto a mãe aguardava em frente a uma loja da Magazine Luiza com dois dos filhos, a avó acompanhou o menino até o banheiro.
Minutos depois, quando voltaram, o garoto estava mastigando uma bala de goma e segurando outras nas mãos. Ao ser questionado, ele contou que um adolescente havia lhe entregue os doces dentro do centro comercial.
Preocupada, a mãe tentou fazer o filho vomitar imediatamente, mas o menino logo começou a sentir dores abdominais intensas, além de espasmos musculares e gritos de dor, o que a levou a buscar socorro urgente.
Atendimento médico e estado de saúde
A criança foi levada ao Hospital Nove de Julho, onde deu entrada em estado de agitação. De acordo com o relato da mãe, foi necessário contê-lo em uma maca para que pudesse receber a medicação de forma segura.
Até a tarde desta quinta-feira (9), o menino permanecia internado na UTI, sob observação médica. O hospital não divulgou boletim oficial sobre o quadro clínico, mas familiares informaram que ele apresentou melhora nas últimas horas.
Profissionais de saúde informaram que amostras de sangue e do conteúdo estomacal foram enviadas para exames toxicológicos, a fim de determinar o que havia nos doces ingeridos pela criança.
Investigação em andamento
O caso foi registrado no 9º Distrito Policial (Carandiru), e a Polícia Civil de São Paulo está analisando imagens das câmeras de segurança do Shopping Center Norte para identificar o adolescente que teria entregue os doces.
Os agentes também coletaram depoimentos de familiares e funcionários das lojas próximas ao local do incidente. Segundo fontes ligadas à investigação, o shopping colabora com as autoridades, fornecendo todo o material solicitado.
Em nota, o Shopping Center Norte informou que repudia qualquer ato que coloque em risco a segurança de seus visitantes e que mantém equipes de segurança em constante monitoramento.
Repercussão e alerta para famílias
O caso repercutiu nas redes sociais, com muitas pessoas expressando preocupação e reforçando a importância de orientar crianças a não aceitarem alimentos ou objetos de desconhecidos, mesmo em locais aparentemente seguros, como shoppings, parques ou escolas.
Especialistas em segurança infantil ressaltam que esse tipo de situação serve de alerta sobre a vulnerabilidade das crianças em espaços públicos e reforçam que a vigilância deve ser constante, especialmente em ambientes movimentados.
“É fundamental conversar com as crianças e explicar, de forma simples e sem medo, que elas nunca devem aceitar doces, brinquedos ou qualquer presente de pessoas que não conhecem”, orienta uma psicopedagoga consultada.
O que fazer em situações semelhantes
Médicos e autoridades recomendam que, caso uma criança consuma algo suspeito, o responsável procure atendimento médico imediatamente, sem tentar realizar tratamentos caseiros. Guardar o que restou do alimento ou da embalagem pode ajudar na análise toxicológica e agilizar o diagnóstico.
Além disso, é importante registrar um boletim de ocorrência e, sempre que possível, comunicar a administração do local onde o fato ocorreu para facilitar o acesso a imagens e testemunhas.
O caso do menino hospitalizado após ingerir balas oferecidas por um estranho no Shopping Center Norte segue em investigação pela Polícia Civil. Enquanto o menino se recupera, a situação levanta um importante debate sobre segurança infantil em locais públicos e a necessidade de atenção redobrada dos pais e responsáveis.