O município de Joaçaba, no Oeste de Santa Catarina, viveu um dia de comoção e reflexão após a morte de um menino de 12 anos em um açude no bairro Vila Remor. O caso aconteceu na última sexta-feira, dia 10 de outubro, e reacendeu o alerta sobre os cuidados necessários em locais com água parada, especialmente quando há crianças por perto.
O jovem foi identificado como Weslley Gabriel Galdino, um menino alegre e muito querido por familiares, amigos e vizinhos. A notícia do ocorrido abalou toda a comunidade, que se uniu em apoio à família e em busca de conscientização sobre a importância da prevenção em situações semelhantes.
Afogamentos: um risco silencioso que exige atenção redobrada
De acordo com dados de segurança e saúde pública, os afogamentos estão entre as principais causas de morte acidental entre crianças e adolescentes no Brasil. Em muitos casos, o incidente acontece de maneira rápida e sem ruído, o que dificulta a percepção do perigo por quem está próximo.
Basta um momento de distração para que uma tragédia aconteça. Locais aparentemente tranquilos — como açudes, lagos e piscinas — podem se tornar cenários de risco quando não há supervisão constante de um adulto. Por isso, campanhas de prevenção e conscientização têm reforçado a necessidade de cercas de proteção, uso de coletes e acompanhamento permanente de crianças durante atividades recreativas próximas à água.
O que se sabe sobre o caso
Na sexta-feira, por volta da tarde, o Corpo de Bombeiros Militar foi acionado para atender a uma ocorrência de afogamento no bairro Vila Remor, em Joaçaba. Conforme relatos de moradores, o menino teria desaparecido dentro do açude enquanto brincava na área. Pessoas que estavam no local tentaram encontrá-lo e prestar socorro, mas o tempo de submersão foi longo demais até a chegada das equipes de resgate.
As buscas foram iniciadas imediatamente e duraram cerca de dez minutos até que o corpo do garoto fosse localizado. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) prestou os primeiros socorros no local, e Weslley foi encaminhado ao hospital acompanhado de sua avó, que era sua responsável legal. Apesar dos esforços, o menino não resistiu.
Comoção e despedida
O velório de Weslley aconteceu na manhã de sábado, dia 11 de outubro, na Capela da Funerária São Rafael, em Joaçaba. Amigos, familiares e vizinhos compareceram para prestar as últimas homenagens. A comunidade destacou o carinho e a alegria do menino, lembrando sua personalidade doce e o convívio afetuoso com todos à sua volta.
“Era um garoto sorridente e muito querido. Sempre educado e prestativo. Vai deixar muitas saudades”, disse uma amiga da família, emocionada. O momento foi marcado por comoção, mas também por um sentimento coletivo de reflexão sobre a importância de prevenir novas ocorrências desse tipo.
Conscientização e prevenção: o melhor caminho
Especialistas em segurança reforçam que o melhor meio de evitar tragédias como essa é investir em prevenção. Entre as principais medidas estão:
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Supervisão constante: nunca deixar crianças sozinhas em ambientes com acesso a água, mesmo que por poucos minutos.
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Sinalização e cercas de proteção: açudes, piscinas e lagos particulares devem ser cercados e sinalizados adequadamente.
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Educação e orientação: ensinar crianças, desde cedo, sobre os riscos e cuidados em locais aquáticos.
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Equipamentos de segurança: o uso de coletes salva-vidas e boias adequadas é fundamental em momentos de lazer próximos a rios, represas ou piscinas.
Essas ações simples podem salvar vidas e reduzir significativamente o número de acidentes domésticos e recreativos envolvendo crianças.
Uma lembrança que se transforma em aprendizado coletivo
O caso de Weslley Gabriel Galdino deixou uma marca profunda em Joaçaba, mas também trouxe à tona a importância de transformar a dor em aprendizado. A lembrança do menino agora se une ao esforço coletivo por mais conscientização e cuidado.
O exemplo serve como um lembrete de que a segurança deve estar sempre em primeiro lugar, especialmente quando envolve os mais jovens. E que a atenção, o carinho e o zelo de hoje podem evitar perdas irreparáveis no futuro.