A previsão do tempo para os próximos dias acendeu um sinal de alerta em várias regiões do Brasil. Depois de um fim de semana de clima relativamente estável, a meteorologia já aponta mudanças significativas com a formação de um ciclone extratropical que deverá trazer ventos intensos, chuvas fortes e até mesmo a possibilidade de granizo.
Esse fenômeno natural, comum em determinadas épocas do ano, costuma preocupar a população porque pode provocar danos materiais e exigir atenção redobrada por parte das autoridades e da Defesa Civil. Os especialistas destacam que o evento deve começar a se formar na segunda-feira, dia 18 de agosto, e terá seus efeitos mais fortes entre a terça e a quarta-feira, impactando principalmente estados das regiões Sul e Centro-Oeste.
O que é um ciclone extratropical?
Um ciclone extratropical é um sistema de baixa pressão atmosférica que, quando associado a uma frente fria, pode gerar instabilidades climáticas significativas. Ele se caracteriza por provocar ventos fortes, chuvas volumosas e, em alguns casos, até queda de granizo. Diferentemente dos ciclones tropicais, que costumam se formar em áreas oceânicas quentes, os extratropicais acontecem em latitudes médias e estão diretamente relacionados às mudanças bruscas de temperatura.
No Brasil, esse tipo de fenômeno tem ocorrido com certa frequência, principalmente na Região Sul, trazendo impactos que variam desde alagamentos e destelhamentos até interrupções no fornecimento de energia elétrica.
Regiões mais afetadas
De acordo com informações divulgadas pela Climatempo e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os locais que devem registrar os maiores efeitos do ciclone são:
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Rio Grande do Sul (RS) – com possibilidade de rajadas de vento entre 80 e 100 km/h, além de chuva de granizo em diversas cidades.
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Santa Catarina (SC) – principalmente no centro-oeste e no sul do estado, onde há risco de temporais e fortes rajadas de vento.
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Paraná (PR) – áreas do oeste e do sudeste podem registrar tempestades intensas.
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Mato Grosso do Sul (MS) – o sul e o sudoeste do estado também estarão sob alerta de ventania e instabilidade atmosférica.
Linha do tempo do fenômeno
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Segunda-feira (18/08): o sistema de baixa pressão começa a atuar no Paraguai, aumentando os ventos na região Sul do Brasil.
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Terça-feira (19/08): o ciclone extratropical se forma e provoca os maiores impactos, com temporais e risco de granizo em várias localidades.
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Quarta-feira (20/08): mesmo já em deslocamento para o oceano, o sistema ainda poderá causar rajadas de vento de até 80 km/h em algumas cidades.
Riscos e cuidados necessários
O maior risco está na intensidade dos ventos, que podem superar os 100 km/h em alguns pontos. Essa condição aumenta a chance de destelhamento de casas, queda de árvores, postes e interrupções temporárias no fornecimento de energia elétrica. Além disso, a chuva de granizo pode causar danos a veículos, janelas e telhados.
A Defesa Civil recomenda que a população tome alguns cuidados preventivos:
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Reforçar coberturas e telhados que estejam fragilizados.
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Evitar estacionar veículos debaixo de árvores.
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Manter-se informado por meio dos alertas meteorológicos oficiais.
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Redobrar a atenção ao dirigir em estradas, principalmente em áreas sujeitas a alagamentos ou queda de barreiras.
Histórico recente
Esse alerta acontece menos de um mês após outro ciclone semelhante atingir a Região Sul, com impactos que chegaram até o litoral de São Paulo. Na ocasião, diversas cidades registraram estragos causados pela ventania e chuvas intensas, o que aumentou a preocupação da população para este novo evento climático.
A boa notícia, segundo os meteorologistas, é que os efeitos mais severos deste ciclone não devem alcançar o litoral paulista e a capital do estado, ficando concentrados mais ao sul do país.
A formação de ciclones extratropicais é um fenômeno natural que, embora previsto, exige atenção da população e preparo das autoridades. Os próximos dias trarão um desafio especialmente para os estados do Sul e parte do Centro-Oeste do Brasil, que devem se preparar para ventos fortes, granizo e tempestades.
A recomendação é clara: manter-se informado, adotar medidas preventivas e seguir as orientações da Defesa Civil são atitudes fundamentais para reduzir os impactos desse tipo de evento climático.