Pai tira a vida da filha adotiva, vai ao velório e tira a própria vida horas depois

Uma sequência de eventos trágicos abalou profundamente a cidade de General Carneiro, no sul do Paraná. O caso, que envolve o assassinato de uma adolescente de 16 anos pelo próprio pai adotivo, seguido do suicídio do agressor, trouxe à tona questões delicadas sobre violência familiar, comportamento abusivo e a importância da denúncia.

Um Crime Brutal Que Chocou a Comunidade

Em uma noite de domingo no final do mês de janeiro, Adenir Rodrigues da Silva, de 36 anos, tirou a vida de sua filha adotiva, Pâmela Gabriely Lins. Segundo informações da polícia e relatos de testemunhas, o crime ocorreu após os dois, junto com a namorada de Adenir, retornarem de uma festa de aniversário. Assim que chegaram em casa, uma discussão intensa teve início entre pai e filha.

De acordo com as investigações, a motivação da briga teria sido ciúmes excessivos por parte de Adenir. Testemunhas afirmaram que ele mantinha um comportamento possessivo e controlador em relação à adolescente. Durante a discussão, Adenir perdeu o controle e estrangulou Pâmela. Após o assassinato, ele ocultou o corpo da jovem, abandonando-o às margens de um rio da região. Para isso, utilizou uma caminhonete, retornando para casa logo em seguida como se nada tivesse acontecido.

Tentativa de Enganar a Polícia e a Comunidade

No dia seguinte ao crime, Adenir foi até a delegacia e registrou um falso boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da filha. Ele afirmou que Pâmela teria saído para tomar um sorvete e não retornado. A versão, no entanto, logo começou a apresentar inconsistências. Ainda naquele dia, o corpo da adolescente foi localizado pelas autoridades, o que levantou suspeitas sobre o envolvimento do próprio pai.

Presença no Velório e Confissão em Vídeo

Dois dias depois, Adenir compareceu ao velório da filha. A atitude deixou familiares e conhecidos perplexos, já que ele manteve a aparência de luto e fingiu estar em sofrimento diante da tragédia que ele mesmo causou.

Horas após o velório, Adenir gravou um vídeo em que confessava ter cometido o assassinato de Pâmela. No registro, ele relatou detalhes do crime e, ao final da gravação, atirou contra a própria cabeça. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Cúmplice Silenciosa: A Responsabilidade da Namorada

Durante as investigações, a namorada de Adenir também foi detida. De acordo com a Polícia Civil, ela teve conhecimento do crime e não tomou nenhuma atitude para impedir ou denunciar. Pior ainda: ela ajudou a destruir evidências, como bilhetes escritos por Pâmela que poderiam servir como provas do ambiente abusivo em que vivia. A omissão da mulher, aliada à destruição de provas, foi considerada grave pela Justiça.

Comportamento Abusivo e Sinais Ignorados

Vizinhos e conhecidos da família relataram que o comportamento abusivo de Adenir em relação à filha não era novidade. Ele era controlador, possessivo e não aceitava a autonomia da adolescente. A tragédia levantou questionamentos sobre a ausência de intervenções anteriores e como os sinais de abuso doméstico ainda são frequentemente ignorados.

O caso de Pâmela e Adenir não é um episódio isolado. Violência dentro do ambiente familiar continua sendo um dos problemas mais silenciosos e perigosos enfrentados por muitas pessoas. O ciúme doentio, o controle e o abuso emocional ou físico devem ser denunciados o quanto antes.

Essa história trágica serve como um alerta para que familiares, amigos, vizinhos e educadores estejam atentos aos sinais de abuso, especialmente envolvendo crianças e adolescentes. O silêncio pode custar vidas.

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