Negligência Médica: Mulher descobre gaze esquecida em cirurgia de mastectomia após sentir fortes dores

A negligência médica é um problema grave que pode causar grandes danos físicos e psicológicos aos pacientes. Entre os casos mais alarmantes estão aqueles em que materiais cirúrgicos são esquecidos dentro do corpo de um paciente após um procedimento.

Foi exatamente isso que aconteceu com a empresária Samira Andrade, que passou por uma cirurgia de mastectomia e, meses depois, descobriu que uma gaze cirúrgica de 45 centímetros havia sido deixada dentro de seu corpo.

O erro médico resultou em dores, infecções e anos de batalha judicial, culminando na condenação do profissional responsável.

Descoberta e Consequências

Em 2018, Samira Andrade foi diagnosticada com câncer de mama e iniciou seu tratamento no ano seguinte. Como parte do processo, ela passou por uma mastectomia para a retirada de nódulos mamários.

No entanto, oito meses após a cirurgia, Samira começou a sentir dores persistentes na região operada, além de apresentar infecções recorrentes e dificuldades na cicatrização da ferida cirúrgica.

Foi durante um banho que a empresária percebeu algo estranho: uma compressa cirúrgica estava saindo pela incisão da cirurgia. Assustada, ela procurou imediatamente o médico responsável pelo procedimento.

De forma surpreendente e sem qualquer protocolo adequado, o mastologista retirou a gaze com uma pinça, sem anestesia ou qualquer tipo de sedativo. Esse ato de extrema negligência causou ainda mais sofrimento à paciente.

Processo Judicial e Denúncia

Indignada com a situação, Samira registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil em 2020 e ingressou com uma ação judicial contra o médico. O caso foi avaliado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), que considerou o mastologista culpado por negligência médica.

O juiz ressaltou que a falha do profissional causou sofrimento prolongado à paciente, comprometendo sua saúde e qualidade de vida. Além disso, o plano de saúde também foi responsabilizado pelo ocorrido, já que o erro aconteceu dentro das dependências da instituição.

Como resultado do processo, o médico foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil por danos morais à empresária.

O caso de Samira Andrade chama atenção para a importância de protocolos rigorosos durante os procedimentos cirúrgicos, além da necessidade de fiscalização e punição para erros médicos. O esquecimento de materiais cirúrgicos dentro de pacientes é uma falha grave que pode resultar em infecções, dores crônicas e até complicações fatais.

Além disso, o caso também ressalta a importância de buscar justiça em situações de negligência médica. Muitas vítimas de erros hospitalares acabam sofrendo caladas, seja por falta de informação ou medo de represálias.

No entanto, a responsabilização dos profissionais envolvidos é essencial para evitar que novos casos aconteçam e garantir um atendimento mais seguro para todos os pacientes.

A história de Samira Andrade é um exemplo de luta e resistência contra a negligência médica. Após anos de sofrimento e dor, a empresária finalmente obteve justiça, com a condenação do médico responsável.

O caso serve de alerta para a importância da atenção médica adequada e para a necessidade de os pacientes exigirem seus direitos quando submetidos a tratamentos inadequados.

Erros médicos são evitáveis e não devem ser tratados com negligência. A fiscalização, a transparência e a justiça são fundamentais para garantir que casos como esse se tornem cada vez mais raros.

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