Um incidente recente ocorrido em uma creche de Várzea Paulista, no interior de São Paulo, trouxe à tona questões sobre a segurança dos espaços destinados à recreação infantil.
Uma criança de apenas um ano e seis meses sofreu queimaduras de primeiro grau nos pés ao pisar descalça em um piso quente durante o intervalo.
O caso gerou preocupação entre familiares e a comunidade, questionando se as condições estruturais da escola são realmente adequadas para crianças pequenas.
O Caso
O incidente ocorreu no dia 11 de fevereiro na Cemeb Dirce Pedroso, localizada no bairro Jardim Promeca.
De acordo com relatos da família, a criança estava brincando na área recreativa da escola quando, ao correr descalça, pisou em uma região descoberta e sofreu queimaduras nos dois pés.
A equipe escolar prestou os primeiros socorros e encaminhou o menino a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde ele foi diagnosticado com queimaduras de primeiro grau.
Após receber atendimento médico inicial, a criança foi liberada para casa, e o posto de saúde disponibilizou acompanhamento domiciliar.
A avó do menino, Marcela Besse, relatou que o dia do acidente não foi o mais quente do mês, o que a faz temer que, em dias de calor mais intenso, situações semelhantes possam ocorrer com maior gravidade.
De fato, a Defesa Civil de Várzea Paulista informou que a temperatura máxima registrada no dia 11 de fevereiro foi de 32ºC, enquanto a mínima ficou em 22ºC.
Posicionamento da Prefeitura
A Prefeitura de Várzea Paulista declarou que o piso utilizado na área recreativa da creche é adequado para ambientes infantis e que o material empregado na construção segue normas de segurança.
No entanto, o caso levanta questões sobre a exposição das crianças a superfícies que podem atingir temperaturas elevadas sob o sol, especialmente em regiões de clima quente.
Especialistas recomendam que creches e escolas infantis adotem medidas adicionais para minimizar riscos, como a instalação de coberturas para sombra, a utilização de materiais com menor capacidade de absorção de calor e a conscientização da equipe pedagógica para evitar que crianças andem descalças em locais com risco de superaquecimento.
Repercussão e Medidas Preventivas
O incidente gerou preocupação entre pais e responsáveis, levando muitos a questionar se as creches estão devidamente preparadas para prevenir situações semelhantes.
Em resposta, especialistas em segurança infantil reforçam que pisos aquecidos pelo sol podem atingir temperaturas que causam queimaduras em poucos segundos.
Uma solução simples e eficaz seria incentivar o uso de calçados apropriados e garantir que todas as áreas recreativas possuam espaços com sombra suficiente para evitar a exposição prolongada ao calor.
Organizações que monitoram a segurança infantil destacam a importância da inspeção regular das instalações escolares para identificar possíveis riscos.
Os gestores escolares devem estar atentos a esses aspectos e implementar soluções que garantam um ambiente seguro para as crianças.
O caso da criança de Várzea Paulista evidencia a necessidade de um olhar mais atento sobre a infraestrutura das creches e a segurança dos espaços frequentados por crianças pequenas.
Embora a prefeitura tenha afirmado que o piso da creche segue padrões adequados, o incidente levanta questionamentos sobre a eficiência desses materiais em dias de calor intenso.
Para evitar novos episódios como esse, é essencial que escolas, famílias e autoridades municipais trabalhem juntas na implementação de medidas preventivas, garantindo um ambiente seguro e apropriado para o desenvolvimento infantil.